Gravação do evento ao vivo ocorrido em 08/07/2023.
Bem-vinda, bem-vindo e bem-vinde à 6ª Edição da Tenda do Encontro na Unipaz EAD!
Para esta edição, convidamos Roberto Crema, coautor do termo NORMOSE, para uma conversa sobre “normalidade”. Quantos de nós já nos sentimos mal diante de uma situação, porém alguém ou algo em nós mesmos, diz: -Mas isso é normal! Todo mundo faz isso ou pensa assim! e seguimos adiante, nos distanciando e até rompendo com esses sentimentos, por medo de sermos considerados esquisitos ou desajustados?
Será que só porque algo é considerado “normal”, seja pelas normas da sociedade onde vivemos, ou mesmo pela nossa família e por quem confiamos e amamos, isso é saudável?
O que acontece quando começamos achar “normal” a violência, a desigualdade, a mentira, a insensibilidade e tantas outras coisas que sabemos serem tóxicas e adoecedoras, que se passam dentro e fora de nós?
E quando passamos a buscar ativamente sermos “normais” e fazemos de tudo para nos tornarmos iguais aos outros e repetir aquilo que nos faz mal por medo de sermos diferentes do padrão, inadequados ou desajustados?
Para olhar e cuidar dessas questões, tão essenciais, atuais e profundas, Roberto Crema, Pierre Weil e Jean-Yves Leloup, que há décadas pesquisam e publicam sobre o assunto, cunharam juntos o termo Normose e escreveram, em 2003, o livro Normose – A Patologia da Normalidade, com o intento de classificar um conjunto de conceitos, normas e hábitos sociais que são considerados normais, mas que podem levar ao adoecimento, à depressão e até mesmo à perda da vontade de viver.
O termo Normose ganhou tanta relevância e popularidade que, recentemente, a Academia Brasileira de Letras o incluiu como verbete, reforçando a preservação da sua origem e significado. Um ato de grande importância e cuidado, pois mesmo os mais fundamentais termos podem desgastar-se e naufragar no mar da banalidade e da utilização descontextualizada ou imprópria. Mas então?
Há um limite em que ser “normal” torna-se uma patologia? Podemos ser guiados pelos nossos desejos e convicções sem nos sentirmos julgados ou romper vínculos que consideramos importantes com quem pensa e age diferente?
Nosso anfitrião deste evento, Iuri Crema, levará estas e outras questões para a Tenda do Encontro com Roberto Crema, em um bate-papo leve e descontraído. Curtiu o tema? Venha conosco nesta aventura esquisita e desajustada!