Enquanto metáfora, a Revolução Francesa com sua Trindade de Valores – Igualdade, Liberdade e Fraternidade – ainda não acabou. O bloco social comunista abraçou a Igualdade, enquanto o liberal capitalista se identificou com a Liberdade – e ambos, porque frutos do mesmo paradigma materialista-racionalista-mecanicista, desprezaram a Fraternidade. Igualdade sem Fraternidade engendra a tirania da massificação com o naufrágio da alteridade. Liberdade sem Fraternidade resulta na tirania do mercado cego com o colapso da empatia do pertencimento. A Fraternidade, portanto, representa o que na abordagem transdisciplinar é designado como o Terceiro incluído, além da dualidade, uma zona de transparência entre os níveis de realidade aberta à experiência do sagrado, fonte da água viva da comunhão e do amor compassivo.
Considero que integrar e harmonizar esses três Valores-Virtudes representa o âmago da Conspiração Transdisciplinar encarnada na Universidade Internacional da Paz – UNIPAZ, fundamental na transcendência do egocentrismo inerente à fantasia da separatividade, mãe de todas as guerras que tem início no interior de nós mesmos, e se projetam e se expandem na sociedade e na natureza.
Como o oposto da paz é a estagnação, o grande desafio é abrir passagem ao Processo, para que possa revitalizar e renovar nossos pensamentos, palavras e ações, nos impulsionando à superação da violência de uma normose binária da polarização, que sacode a nossa sofrida Família Humana, confio que nos estertores de parto de uma nova consciência.
Sim ao bom combate com as armas da consciência pela inteireza, de onde jorra a paz e felicidade que tanto buscamos aos trancos e barrancos, além de tudo o que é partido e cindido! Sim ao cultivo do diálogo, palavra proveniente da raiz latina dies, dia, a Luz do Novo Dia! Sim à integração e transcendência dos opostos, rumo à reconstrução do jardim da terra, nossa herança para as gerações vindouras a quem temos contas a prestar! Sim ao salto quântico da dança da Fraternidade de mãos dadas com a Igualdade e a Liberdade! Sim à utopia realizável do Encontro, alquimia da transformação, que precisa ter início no pedacinho de praça pública que cada um de nós encarna!! Shalom, Insh’Allah, Assim seja!