Nós, os povos do mundo, temos direito à paz;

Paz para as crianças, futuro da humanidade;

Paz para o desenvolvimento e florescimento humano;

Paz em todos os lugares;

Paz entre seres humanos;

Paz entre as religiões;

Paz entre os partidos políticos;

Paz com democracia e tolerância à diversidade;

Paz entre as nações;

Paz como solução dos conflitos;

Paz nos meios de comunicação;

Paz sem o uso de violência de qualquer natureza;

Paz sem fome nem miséria;

Paz além do medo e do ódio;

Paz com liberdade e dignidade;

Paz com solidariedade e cooperação;

Paz com preservação do meio ambiente;

Paz com desenvolvimento sustentável;

Paz de espírito;

Paz como cultivo dos valores eternos do Amor, da Beleza, da Verdade, da Justiça, da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.

Que a paz possa fazer morada no coração dos seres humanos por meio de uma educação integral, que amplie sua consciência de mundo, desperte para seu papel de artífice da realidade e desenvolva o protagonismo da vida.

Que a visão que inspira a cada ser seja construída a partir de um paradigma de paz e não violência por meio de instituições e políticas públicas orientadas para a cultura de paz.

Que cada pessoa cuide de despertar a paz dentro de si para o bom exercício da cidadania.

Que se priorizem as práticas compassivas que geram no cotidiano vivência de paz e unidade nos níveis individual, social, ecológico, planetário e cósmico.

Que sejam respeitadas todas as formas de expressão do amor e do afeto.

Que governos e seus colaboradores assumam o dever e a responsabilidade de colocar as estruturas que dirigem a serviço dos diferentes aspectos da paz, contribuindo, assim, para a transformação da Cultura de Guerra em Cultura de Paz.

Que os currículos das instituições educacionais tenham como foco a educação para uma cultura de paz e não violência, promovendo a paz consigo mesmo, com os outros e com a natureza.

Que se desenvolva a consciência da unidade que permeia o visível e o não visível.

Que se promovam formas criativas de integração entre a riqueza da razão e a inteligência do coração, visando a transição da Cultura do ter para a Cultura do Ser.

Que a educação se apoie sobre a visão transdisciplinar holística fundamentada no aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser (segundo o relatório Delors da UNESCO de 1994).

Que esse espírito de educação inspire a justiça e a segurança pública.

Que as prisões se transformem em centros de recuperação, por meio da educação e ações de reinserção na sociedade.

Que as forças armadas estejam a serviço da comunidade na construção de uma coletividade pacífica, justa e inclusiva.

Que a paz se faça presente na reverência e cuidado com as Águas em todas as suas manifestações.

Que haja paz no manejo da Terra, honrando a biodiversidade, priorizando a saúde integral e o equilíbrio dinâmico da Vida.

Que as culturas e saberes dos povos tradicionais sejam honradas, respeitadas e apoiadas.

Cabe à sociedade civil e às organizações não governamentais incentivarem e apoiarem os esforços dos governos no sentido de fortalecer uma cultura de paz.
Que cada consciência desperta seja um exemplo da paz, que se deseja ver florescer no mundo, conspirando pacificamente para o desenvolvimento da unidade de toda a humanidade, para a integridade de cada indivíduo e a plenitude de todos os seres.

Que as fronteiras e limites internos que separam os seres humanos de sua própria espécie e de todos os demais seres vivos, se transformem em uma convivência fraterna, próspera e benéfica.

Que nós, os povos da Terra, estejamos reunidos na construção de pontes em prol da utopia realizável da paz, dançando no infinito do espaço eterno sem começo e sem fim.

Diante do atual cenário, a Unipaz resgata, se inspira e atualiza a declaração elaborada sob a coordenação de seu fundador Pierre Weil, no I Festival Mundial da Paz (2006).

Colegiado da Unipaz do Distrito Federal.
Brasília, 18 de outubro de 2018.